A Posse, a felicidade e as dogras
<< VoltarQuando o mestre Jesus falava do mau rico, falava exatamente de como as posses são adquiridas, a custa de que, se legitimamente pelo trabalho honesto ou utilizando-se da infelicidade alheia, da miséria, dos baixos salários, do não pagamento de direitos trabalhistas e etc.
Porem mais escabroso que todos os expedientes utilizados até hoje e conhecido de todos, vemos com o coração opresso e constrito que no país considerado por espíritas ingênuos como “coração do mundo e pátria do evangelho” que aqueles que deveriam fazer do trabalho ferramenta justa de progresso para o espírito, subvertem os valores e incitam ao vicio em nome do lucro.
Esta frase resume adequadamente o que esta ocorrendo: “Se Deus fez as coisas para serem usadas e as pessoas para serem amadas, porque será que amamos as coisas e usamos as pessoas” Kardec explica!
Leia a matéria abaixo.
SP: usineiros incentivam crack para cortadores trabalharem 14 h
0 de setembro de 2011 • 15h10 • atualizado às 15h43
Ricardo F. Santos
Direto de São Paulo
Em algumas plantações de cana-de-açúcar no interior do Estado de São Paulo, existem alguns funcionários que, sonho de qualquer usineiro, conseguem trabalhar cerca de 14 horas por dia sem interrupção. O segredo da produtividade é pequeno, barato e cada vez mais fácil de conseguir: o crack. As conseqüências para o ‘superfuncionário’, porém, são conhecidas: após poucos anos, uma saúde devastada e, não raro, a morte.
Esse é um dos usos crescentes da droga que mais surpreenderam a Frente Parlamentar de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas, da Assembléia Legislativa de São Paulo. A comissão, formada por 29 parlamentares, fez um levantamento inédito sobre a proliferação do entorpecente no Estado, e o apresentou nesta terça-feira.
Segundo o deputado estadual Donisete Braga (PT), as regiões onde a prática é mais comum são Ribeirão Preto, Vale do Ribeira, Pontal, São José do Rio Preto e Alta Paulista, onde há forte indústria sucroalcooleira. “Os funcionários fazem uso da droga para agregar valor físico e aumentar a produção”, explicou, acrescentando que, em geral, os trabalhadores são pagos pela produtividade. “Após quatro ou cinco anos, são afastados, demitidos.” Como a maioria não possui vínculo formal de trabalho, os trabalhadores nada recebem depois da prestação do serviço, e resta-lhes apenas a saúde debilitada pelo crack.
“Há uma liberação do consumo de crack por parte das usinas”, afirmou Braga. “Essa prática acontece com plena conivência dos empresários e das autoridades”, completou o deputado Major Olímpio (PDT-SP).
As informações compiladas pelo levantamento, afirmou Braga, são o primeiro passo para acabar com essa situação. Segundo o parlamentar, a partir delas será possível fiscalizar e acompanhar o uso da droga no Estado, e definir ações de erradicação. A pesquisa feita pela Assembléia abordou políticas públicas, investimentos e programas de combate a drogas, e foi respondida por 325 dos 645 municípios do Estado, que concentram 76% da população.
Fonte: Porta Terra