Reencarnação
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“Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo”. (João 3, 3).
Introdução
Olhando à nossa volta, vemos as diferentes situações e condições em que nós, os seres humanos, nos encontramos: riqueza ao lado da pobreza, saúde e doença, pessoas normais e pessoas deficientes, inteligência versus idiotismo, uma pessoa boa sofrer muito, enquanto uma pessoa má vivendo impune na alegria e despreocupação. E ficamos a questionar o porquê de tudo isto. Onde a justiça e a misericórdia de Deus? Para responder a este importante questionamento só há uma maneira: é aceitar a reencarnação, um dos princípios fundamentais da Doutrina Espírita.
Conceito
“A palavra ‘reencarnação’ foi gradualmente aceita para transmitir a idéia da possibilidade de um espírito humano ou alma ter diversas vidas sobre a terra. De acordo com o dicionário inglês Shorter Oxford, foi usada pela primeira vez em 1.858, sendo definida como ato de encarnar novamente. Encarnar significa entrar na carne e reencarnar expressa o ato de entrar na carne outra vez. O ego humano separa-se do corpo físico após a morte e, após algum tempo, retorna a um corpo novo. O termo empregado na Grécia antiga era ‘metempsicose’, geralmente traduzido como a ‘transmigração das almas’. É uma designação
mais genérica, pois não é limitada pelo renascimento num corpo humano, mas inclui a idéia, então aceita, de que a alma poderia renascer também num animal ou vegetal”, como nos expõe Karl. E. Muller no livro “Reencarnação Baseada em Fatos”.
Na Antigüidade
Pensa-se que a reencarnação foi inventada pela Doutrina Espírita, entretanto vamos encontrá-la já na Antigüidade. Assim é que os povos da Índia, Egito, China, Pérsia e Grécia acreditavam que a alma poderia ter várias vidas.
Gabriel Delanne, diz no livro “A Reencarnação” que iremos encontrar nos Vedas (1.300 a.C.), que é o conjunto de textos sagrados, base fundamental da tradição religiosa – do Bramanismo e do Hinduísmo – e filosófica da Índia esta passagem: “A alma não nasce nem morre nunca, ela não nasceu outrora nem deve renascer; sem nascimento, sem fim, eterna, antiga não morre quando se mata o corpo. Como poderia aquele que sabe impecável, eterna sem nascimento e sem fim matar ou fazer matar alguém? Assim como se deixam as vestes gastas para usar vestes novas, também a alma deixa o corpo usado para revestir novos corpos. Eu tive muitos nascimentos e também tu, Arjuna; eu as conheço todas, mas tu não as
conheces…”.